Aedes aegypti tem relevância sanitária, pois é vetor de arboviroses como Dengue, Chikungunya e Zika. Periodicamente, são realizadas técnicas para o controle desse mosquito, especialmente o mecânico que tem como foco a eliminação e drenagem dos criadouros e o químico com a utilização de inseticidas. O objetivo do estudo foi avaliar a resistência ao adulticida Malathion, em populações de Ae. aegypti de municípios do Estado de Sergipe. As coletas foram realizadas nos municípios de Laranjeiras e Neópolis no período entre março e abril de 2022. Ovos de Ae. aegypti foram coletados com o auxílio de ovitrampas e levados ao Laboratório de Entomologia e Parasitologia Tropical da Universidade Federal de Sergipe para criação e a manutenção da colônia. A avaliação foi feita seguindo o método das garrafas impregnadas de acordo com as recomendações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Foi realizada a dose diagnóstica na concentração de 10 µg/frasco em fêmeas de Ae. aegypti de laboratório (Rockfeller) e de campo (Geração F2 e F3) com idade entre 3-5 dias, não alimentadas com sangue. Para cada bioensaio foram utilizadas cinco garrafas de 250 ml. O número de fêmeas utilizadas variou entre 10 a 25 por garrafa. Os testes foram realizados em triplicata. O tempo total de avaliação foi de 2 horas, a mortalidade foi avaliada a cada 15 minutos até a morte de todos os mosquitos. Foram considerados mortos os mosquitos que não conseguiam manter-se em pé. As populações foram classificadas como sensíveis quando a mortalidade foi maior que 98%, sensibilidade alterada quando maior que 80% e menor que 97%, ou resistente quando menor que 80% no tempo diagnóstico de 30 minutos. Não foi observada resistência ao adulticida Matahtion nas populações testadas, pois a mortalidade foi maior que 97% no tempo diagnóstico. Por outro lado, é importante a manutenção do monitoramento da suscetibilidade para que não haja seleção de organismos resistentes para não comprometer o controle vetorial.
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